História
Polvoreira confronta a nascente com a freguesia de Pinheiro; a sul com Tabuadelo e Infias (concelho de Vizela); a poente com Nespereira; e a norte com S. Tiago de Candoso, Urgezes e Mascotelos. O acesso à sede concelhia faz-se pela Estrada Nacional 105. A atividade económica tem passado da vertente agrícola para a da indústria, pequeno comércio e serviços, isto de forma gradual. Nesta freguesia, foi em 1910, classificado como Monumento Nacional uma Anta. No entanto, em 1999, por despacho do Vice-presidente do IPPAR, foi determinada a desclassificação, pela não existência da mesma e a sua consequente retirada das listagens oficiais. Do património edificado, destaca-se o Solar de Carvalho da Arca que integra torreão, capela (de invocação a Nossa Senhora da Conceição) e jardim. Este edifício de cariz seiscentista possui uma pedra de armas no cunhal do torreão. Nesta freguesia de invocação a São Pedro, encontra-se um cruzeiro paroquial (possivelmente do século XVIII) com plinto arredondado decorado de acantos, coluna, coxim em forma de gomo e cruz latina com o Cristo Crucificado de pés sobrepostos. A igreja paroquial apresenta características da sua origem românica, nomeadamente a cachorrada que decora a capela-mor. Esta freguesia surge já referenciada em documentação dos finais do século XI.
O seu orago é São Pedro. Polvoreira foi abadia de apresentação da mitra, ou, segundo a estatística paroquial (1862), de apresentação do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde. Foi uma das primeiras paróquias a ser instituída no Julgado de Guimarães, pois já existia no século XII. Até ao segundo quartel do século XIII, era senhor de Polvoreira um homem chamado Giraldo, a quem era atribuída a qualidade de “Dom” (“Dompnus Giraldus”), embora não se saiba ao certo quem foi.
O topónimo “polvoreira”, apesar de já ser assim graficamente mencionado em monumentos do século XIII, deve dar-se por forma antiga “Pulvoreira”, correspondendo a um baixo latim “Pulveraria”, com base em “Pulver” (pó, areia). Terá sido este topónimo uma alusão à constituição geológica dos terrenos do local onde foi construída a ancestral igreja de São Pedro.